Sessão Palestina

  • 15
    Sábado
    Março 2025
21.30 h


Sessão do Ciclo de Cinema Mulher, com a curadoria Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival, seguida de conversa, no âmbito das comemorações do Dia Internacional da Mulher e dos 51 anos da Revolução de 25 de Abril.


Esta sessão conta com um conjunto de curtas-metragens de cineastas palestinianas, que contam com o apoio a Shashat Woman Cinema, sobre o tema da mulher.

Fundada em 2005, a Shashat Woman Cinema é uma Organização Não Governamental independente, indígena e sem fins lucrativos, cujo objetivo é desenvolver a capacidade de jovens cineastas de diversas origens sociais e económicas por meio de ensino, orientação, apoio à produção e exibição e divulgação de filmes. A organização tem sede em Ramallah; o escritório-satélite em Gaza está agora destruído.

O contexto geopolítico palestino gerou uma representação estereotipada da Palestina como um local apenas de sofrimento, conflito e guerra, desviando a atenção de ser uma sociedade rica em cultura e conhecimento. O foco de Shashat é que as mulheres jovens se tornem criadoras de uma cultura palestiniana moderna e criativa de género.

Shashat, que significa «telas» em árabe, enfatiza a diversidade da vida das mulheres e está comprometida com a integração das implicações criativas, culturais, educacionais e económicas do cinema feminino.

 

Curtas-metragens

Classificação etária: M/ 14 anos | Duração: 70 minutos
 

A VERY HOT SUMMER
De Areej Abu Eid | Documentário | Palestina | 2016 | 17 minutos
Argumento: Areej Abu Eid | Fotografia: Motaz Alaaraj | Produção: Alia Arasoughly | Produtora: Shashat Women Cinema | Montagem: Mahmoud Abu Ghalwa.
Sinopse
O filme retrata a experiência pessoal da realizadora durante a guerra de Gaza, em 2014. «É Ramadão... um verão muito quente... sem eletricidade e sem ventoinha... Pensámos que seria como a 1.ª e a 2.ª guerra, mas esta é diferente! É loucura dia e noite... Dormimos um pouco aqui e ali, quando os bombardeamentos param... É insuportavelmente quente, como se o inferno tivesse aberto as portas. Calor, incêndios e morte... Como se houvesse fogo de artifício, o céu é vermelho-carmesim durante toda a noite, como um filme de terror. E nós estamos nele...»
 

IF THEY TAKE IT!
De Liali Kilani | Documentário | Nablus | 2012 | 14 minutos
Direção de fotografia: Nadir Bibars | Som: Ala’Khoury | Assistente de direção: Faud Hindieh | Edição: Liali Kilani, Rabab Haj Yahya.
Sinopse
Existem diferentes formas de resistência. Para Au Ayman, resistir significa ficar em casa e cuidar dela. A vida desta mulher e da sua família transformou-se num inferno quando os colonos atacaram violentamente as suas terras, casas e pomares. A sua preocupação é proteger a sua casa: «Se tomarem a minha casa, levam a montanha inteira, porque é a última casa que resta na montanha.»
 

SARD
De Zeina Ramadan | Documentário | Animação | Gaza | 2019 | 8 minutos
Argumento: Zeina Ramadan | Produção: Alia Arasoughly | Fotografia: Abdallah Motan | Montagem: Ruba Awad | Música original, designer de som: Omar Hamdan | Direção de arte: Zeina Ramdan | Elenco: With Henna Haj Hasan | Distribuidor: Shashat Woman Cinema.
Sinopse
Durante um ano, Zeina e Riham trocaram mensagens de voz no Facebook. Riham fala dos seus esforços para obter uma bolsa académica e das suas repetidas tentativas de deixar Gaza, que a sufoca, abafando quaisquer sonhos que uma rapariga de 26 anos possa ter. Uma narrativa emocional que oscila entre o entusiasmo e a desilusão, a perda da esperança e o seu reencontro. O que a espera no fim? Um ponto final, ou o possível início de outra viagem?
 

SILK THREADS
De Walaa Saada | Documentário | Gaza | 2019 | 14 minutos
Elenco: Husnia Hashasha e Ghalia Hashaisha | Direção de fotografia e iluminação: Hussien Jaber | Som: Ahmad Mashharawi | Assistente de produção: Mohammed Nateel | Arquivo: Media Town | Tradução e legendas: Khader Salameh e Ruba Awwad | Trilha sonora e mistura: Jabr AlHaj | Edição e supervisão artística: Ahmed Waheidi | Online: Yousef Atwa | Produção e supervisão artística: Alia Arasoughly | Produção: Shashat Woman Cinema.
Sinopse
O filme foca-se nas histórias e significados presentes no vestido tradicional da Palestina, documentando os contos populares sobre o país, bordados com fios de seda no tecido do vestido tradicional da Palestina, o thobe, ao qual as mulheres palestinas se apegaram para manter a continuidade essencial das suas vidas antes da Nakba e do deslocamneto. O thobe preserva o património cultural e folclórico da Palestina, assim como a sua paisagem de montanhas, rios, litoral e moradias beduínas. Ele capta a natureza nos ciprestes e nas videiras. Vestidas com o seu thobe, mães e filhas palestinianas celebram casamentos e ocasiões felizes. O filme retrata duas mulheres beduínas em Gaza que começaram a bordar ainda muito jovens, o que lhes proporcionou meios de sustento e preservou as suas memórias de outros lugares e tempos.
 

THE GHOUL
De Ala Dasoki | Ficção | Gaza | 2019 | 17 minutos
Elenco: Olena Musalam (bailarina e atriz), Lina Abdel-Jawad e Fayez Abdel-Jawad (crianças) | Direção de fotografia e iluminação: Hussein Jaber | Som: Ahmad Mashharawi | Assistente de produção: Mohammed Nateel | Arquivo: Media Town | Efeitos sonoros: Ahmad Mashharawi e Jabr Alhaj | Trilha sonora e mistura: Jabr Alhaj | Edição e supervisão artística: Ahmed Waheidi | Direção de produção: Athar Jadili | Online: Yousef Atwa | Realização e argumento: Ala Desoki | Produção: Ala Desoki.
Sinopse
«A ave da paz abandonou-nos... e o Ghoul começou a perseguir-nos.»
Na minha terra natal, e em Gaza, o mito do Ghoul torna-se real através do evento mais aterrador – a guerra. O mito do Ghoul não assusta as nossas crianças. O seu maior medo é a guerra e a ocupação, que roubam a vida e a terra – esses são os verdadeiros Ghoul.
Neste filme, a mãe, numa noite longa e aparentemente infinita de terror, tenta afastar o Ghoul e proteger os seus dois filhos através de danças rituais. Mas, infelizmente, o Ghoul é poderoso. Ele ruge lá fora e tenta derrubar a porta. A mãe luta a noite inteira para o manter afastado e, com a luz da madrugada, as marcas da batalha tornam-se visíveis: «Paguei o preço das guerras com o meu corpo, todas as guerras me traíram e transformaram a minha terra natal num exílio.»

 

 

Formulário online

- A bilheteira do Auditório Municipal abre hora e meia antes do início de cada espetáculo.
- As reservas deverão ser levantadas na bilheteira do Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal, no próprio dia, até 30 minutos antes do início do espetáculo. Não havendo levantamento da reserva, a mesma será anulada.
- O número de ingressos a disponibilizar por pessoa pode ser limitado.

Público-alvo
Geral

Informações [email protected] ou 915 635 090 (de segunda a sexta-feira, das 10 às 12 e das 14 às 17 horas)

Preço
Entrada gratuita, sujeita a reserva antecipada através do formulário online (70 % da lotação) e na bilheteira do Fórum Cultural do Seixal (restante lotação), no dia do evento

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