Seixal recebe conferência sobre gestão integrada de fogos rurais

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21 Fev '25

Durante o dia de hoje está a decorrer no auditório dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal a conferência intermunicipal que debate a gestão integrada de fogos rurais na Área Metropolitana de Lisboa, num encontro que reúne entidades quer ao nível central, quer local.

Na sessão de abertura, o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva, dirigiu uma palavra aos bombeiros, enaltecendo o papel crucial que desempenham no combate aos incêndios. O autarca abordou a realidade do concelho e explicou que foi o incêndio ocorrido em setembro de 2024 na A33, que se alastrou à zona de Belverde e que afetou uma vasta área no pulmão verde do concelho, que motivou a realização deste encontro e o debate sobre os desafios existentes. Relativamente à atuação do município, acrescentou: «No Seixal pautamo-nos pelas obrigações legais de limpeza dos terrenos, como na promoção de ações de reflorestação e numa gestão sustentada do território.»

Na conferência está presente um dos maiores especialistas na matéria, Domingos Xavier Viegas, diretor do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais da Universidade de Coimbra, que atualmente coordena o estudo europeu FirEUrisk – projeto de investigação focado na avaliação dos riscos de incêndios florestais e na melhoria da gestão do risco em toda a Europa. O especialista alertou para os riscos futuros, sublinhando que devemos preparar-nos para incêndios mais graves, apesar da eficácia das operações de combate.

As alterações climáticas, a diminuição da precipitação, a mudança na vegetação e o despovoamento do território contribuem para o aumento do risco de incêndios. A prioridade deve ser a segurança pessoal, a preparação dos cidadãos para esta realidade e uma verdadeira articulação entre as entidades e a população. A preparação é fundamental, e é necessário estarmos conscientes dos desafios que enfrentaremos no futuro.

Ao longo do dia, o encontro proporcionará uma avaliação das ações realizadas após quatro anos da implementação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR), contando com intervenções de municípios da Área Metropolitana de Lisboa e com a partilha do seu trabalho na área técnico-florestal.

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