Controlo de pragas

A Câmara Municipal do Seixal tem, desde 2017, um Plano Municipal de Controlo de Pragas Urbanas, com o objetivo de melhorar o controlo e tratamento das pragas urbanas, através da realização de tratamentos preventivos de desbaratização, desratização e desinsetização, que garantem a salubridade do espaço público, promovendo as condições ideais da via pública e a descontaminação de todas as ruas do concelho.

Estes tratamentos de desinfestação são efetuados por uma empresa especializada em controlo de pragas urbanas e incluem a totalidade da rede municipal de coletores de águas residuais e pluviais. 

Os tratamentos preventivos de desbaratização e desratização decorrem em todas as ruas, abrangendo todo o território do município do Seixal. Estão também incluídos os edifícios municipais, piscinas municipais, a rede escolar, entre outros espaços públicos. Os trabalhos de desinsetização são efetuados entre os meses de abril e outubro, e/ou sempre que necessário, tendo sempre em atenção que são tratamentos que carecem de uma avaliação técnica prévia.

Durante o ano de 2023, os serviços municipais de Higiene Urbana, garantiram 2250 desinfestações no concelho, com vista a manter o espaço público livre de infestações urbanas (baratas, ratos).

A câmara municipal atua no espaço público, e estas ações de desinfestação são realizadas, em todos os coletores da rede pública de saneamento. As partes comuns dos condomínios e respetivas frações são da responsabilidade dos proprietários, e nestes espaços privados, recomenda-se que os moradores através dos seus condomínios ou individualmente, apliquem medidas de controlo de pragas urbanas e, assim, complementem o trabalho que a autarquia realiza no espaço público.
 

Caso verifique infestações de ratos, baratas ou outro tipo de pragas urbanas no espaço público, solicite a respetiva desinfestação através do email [email protected] ou através da aplicação Eu Participo.

 

Programa de tratamentos 2024-2025

Os trabalhos são executados de acordo com os cronogramas das ações, os quais são elaborados consoante as espécies a combater.


 

Vespa velutina ou asiática


Os serviços municipais têm vindo a proceder à identificação e destruição de ninhos de vespa velutina ou asiática no concelho. Apesar da deteção e avistamentos de ninhos serem mais frequentes no verão, altura em que a atividade das vespas é maior e são removidos mais ninhos, este processo mantém-se ao longo do ano.

Com o apoio dos munícipes, têm sido detetados inúmeros ninhos, não só em árvores de espaços verdes, mas também em telhados, varandas, telheiros e estores, e a autarquia tem procedido à remoção dos mesmos. No ano de 2023, os serviços municipais da Divisão de Higiene Urbana removeram 166 ninhos.

A autarquia está envolvida num projeto nacional, dinamizado pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, IP (INIAV), no âmbito da Rede Nacional de Vigilância Ativa da Vespa Velutina, denominado de Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina em Portugal.
 

Neste âmbito, as equipas municipais procederam à instalação, em janeiro de 2023, de duas armadilhas entomológicas em locais estratégicos de terrenos municipais, em Belverde e na Lobateira, com vista à monitorização ativa da vespa asiática no concelho do Seixal.

O reporte de informação com visualização de ninho de vespa asiática deverá ser remetido para o email [email protected], através da aplicação Eu Participo ou da ferramenta STOPvespa.
 


Lagarta-do-pinheiro
O que é?

A processionária ou lagarta-do-pinheiro (Thaumetopoea pityocampa Schiff) é um inseto desfolhador que parasita pinheiros e cedros e que se desenvolve através de fases, do ovo à lagarta, à pupa ou crisálida (casulo) e à borboleta. Na fase de lagarta, apresenta o corpo dividido em segmentos, cada um dos quais com milhares de pelos urticantes de coloração alaranjada que liberta e espalha pelo ar à medida que se desloca. Estas lagartas têm um papel importante, servindo de alimento para aves (chapins e poupas), morcegos e outros animais.

 

Onde se encontra?

A lagarta-do-pinheiro ocorre com frequência em locais onde existem pinheiros e/ou cedros, como escolas, jardins ou mesmo os quintais das casas. Entre julho e novembro, é fácil constatar a sua presença nas árvores, observando-se os ninhos grandes, em forma de bolsões e tufos de agulhas avermelhadas, ligadas por fios sedosos, nos ramos expostos ao sol. Entre janeiro e maio, a processionária-do-pinheiro começa a descer da árvore para se enterrar na terra, cumprindo a «procissão» de que recebe o nome. Apenas nesta fase, quando possui pelos urticantes, constitui um perigo para a saúde.

De que forma causa danos à saúde?

- Contacto direto dentro ou fora do ninho (reação cutânea);
- Contacto indireto com os pelos urticantes libertados no ar (reação respiratória).

Quais os sinais e sintomas?

A pele é a parte mais afetada, sobretudo zonas expostas (pescoço, pulsos, antebraços, cotovelos). Em crianças mais pequenas, deve ter-se atenção às mãos.

- Urticária: irritações na pele (ardor, comichão e manchas avermelhadas), surgidas após contacto e que perduram por alguns dias;
- Irritações nos olhos (avermelhados, inchados e com comichão);
- Alterações no aparelho respiratório (dificuldades respiratórias);
- Reação alérgica grave (rara).

Sinais de alarme:

- Dificuldade respiratória grave;
- Edema (inchaço) marcado da face.

Como proceder após o contacto?

- Lavar a zona afetada com água fria corrente;
- Evitar coçar a região afetada;
- Remover pelos urticantes que possam ter ficado na pele;
- Mudar de roupa e lavá-la a altas temperaturas (a partir de 60ºC);
- Aplicar uma pomada à base de corticoides;
- Tomar um anti-histamínico.
- Manter a vigilância e recorrer ao médico assistente se necessário (em caso de infeção ocular, recorrer a um oftalmologista);
- Nos casos mais graves, deve contactar o 112 ou o Centro de Informação Antivenenos, através do número 800 250 250;
- Em caso de contacto da processionária com animais domésticos, dirija-se ao veterinário.

Como se diagnostica?

O diagnóstico é clínico. O doente tem de ter entrado em contacto recente com a lagarta ou com locais com pinheiros ou cedros.

Como prevenir?

- Evitar locais com pinheiros ou cedros, na altura da descida das lagartas, principalmente em dias com muito vento;
- Evitar o acesso das crianças e animais a locais com árvores afetadas;
- Não recolher lenha ou pinhas em zonas afetadas por esta praga.

Caso surja urticária ou outra reação alérgica, dirija-se ao posto medico. Também os animais, como os cães, poderão precisar de atendimento veterinário.


Para mais informações consulte:

http://www2.icnf.pt/portal/florestas/prag-doe/ag-bn/processpinh
www.sns24.gov.pt

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