Riscos Tecnológicos

Os riscos tecnológicos são fenómenos pontuais ou prolongados, no tempo e no espaço, causados por ação humana. De seguida ficam algumas orientações a ter em conta em matéria de riscos tecnológicos, como fugas de gás, incêndios, acidentes rodoviários, ferroviários, entre outros.

Espaços Públicos

As grandes concentrações de pessoas podem, só por si, gerar diferentes ameaças que agravam o efeito de fenómenos como incêndios, sismos, queda de bancadas ou outros. Não é raro que as tragédias ocorram, exclusivamente, devido à desordem e pânico causados por emergência real ou imaginada como tal. Na maioria dos casos a solução dependerá de comportamento calmo e ordeiro.

Como proceder antes

- Combine um ponto de encontro no exterior do recinto, para se reunir com quem vai acompanhado, caso se perca;
- Observe e memorize a localização das saídas, inclusive as de emergência.

Como proceder durante

- Abandonar o local calma e ordeiramente. Não correr: muitos acidentes graves dão-se porque as pessoas se empurram e atropelam;
- Seguir as indicações das autoridades que se encontram no local para salvaguardar a sua segurança. Recorrer a elas sempre que julgue necessário.

Como proceder depois

- Sair do local ordeiramente se não tem um papel útil no local;
- Colaborar no que for necessário, mas não interfir no trabalho das equipas de socorro e de segurança.

Gás 

O gás dos aparelhos domésticos ao ser queimado incorretamente, devido à má instalação ou deficiente regulação, pode levar à acumulação de monóxido de carbono, um gás tóxico. Tanto o gás canalizado como o de garrafa podem provocar asfixia e, quando misturados com o ar, dar origem a explosão ou incêndio.

O que nunca fazer

- Instalar esquentadores na casa de banho; 
- Pendurar roupa ou outros objetos nos tubos de gás;
- Deixar aberta a válvula de segurança do contador (gás canalizado) ou do redutor (gás de garrafa), quando não está ninguém em casa.

Se cheirar a gás
- Cortar imediatamente o fornecimento de gás, fechando a válvula ou o redutor;
- Não ligar nem desliguar interruptores ou equipamentos elétricos;
- Ventilar o local, abrindo portas e janelas, até que o cheiro desapareça completamente.

Se houver chama
- Nunca colocar a sua vida em perigo;
- Cortar imediatamente o fornecimento de gás, fechando a válvula ou o redutor;
- Se necessário ligar para o 112 ou para os bombeiros
Suspeitas que alguém é vítima do monóxido de carbono ou gás
- Entrar com a respiração contida. Se não for feito desta forma corre-se o risco de perder os sentidos.
- Arejar o local;
- Ligar para o 112 ou Centro de Informação Antivenenos. Seguir as indicações dadas.

Incêndios urbanos

Os incêndios urbanos são de facto um risco com probabilidade elevada e gravidade que pode ir de moderada a acentuada, não só pelas atividades desenvolvidas mas também devido ao estado de conservação dos edifícios e os materiais de construção. Este efeito generaliza-se aos núcleos urbanos antigos.

É de salientar que no concelho há um número significativo de edifícios, de habitação vertical e de utilização coletiva, estruturas essas que facilitam a propagação de um incêndio.
A maioria dos incêndios em casa dá-se devido a problemas com a rede elétrica, rede de gás ou fontes de calor. A cozinha é o local onde muitos incêndios têm origem.

Como proceder antes

- Manter fora do alcance das crianças líquidos inflamáveis, velas, fósforos ou isqueiros;
- Em viagem fechar as torneiras de segurança do gás e o contador da eletricidade;
- Ter um extintor em casa. Aprender a usá-lo e fazer uma revisão periódica.

Como proceder durante

- Nunca colocar a sua vida em perigo ao tentar extinguir o incêndio;
- Cortar imediatamente o fornecimento de gás e luz, se não for possível fazê-lo em segurança.
- Se necessário ligar para o 112 ou para os bombeiros.

Acidentes rodoviários

Em caso de sofrer ou assistir a um acidente rodoviário saiba como proceder. Do seu comportamento depende a sua segurança e de outras pessoas.

Proteger

- Desligar o motor dos veículos acidentados;
- Imobilizar os veículos sinistrados com o travão de mão. Se possível colocar calços ou pedras nas rodas;
- Não fazer fogo junto da viatura sinistrada. Poderá haver derrame de combustível.

Sinalizar

- Colocar o triângulo de emergência;
- Fazer, ou pedir a alguém, para fazer sinal aos outros condutores para que reduzam a velocidade.

Alertar

- Ligar o 112 ou utilizar os postos avisadores SOS; 
- Nunca partir do princípio que alguém já o fez;
- Estacionar em segurança antes de telefonar.

Indicar

- O local exato do acidente, e o sentido em caso de via com separador;
- Número e idades aproximadas das vítimas;
- Estado aparente das vítimas e se alguma está encarcerada;
- Se há situações de perigo (incêndio, derrame de óleo, etc).

Socorrer – como proceder com as vítimas

- Tente agir com rapidez, mas se não houver preparação não mexer. Os primeiros socorros mal prestados podem ocasionar lesões ou agravar as já existentes;
- Só numa situação de incêndio deve tentar tirar-se a vítima;
- Não retirar o capacete a um motociclista acidentado;
- Não dar de comer ou beber;
- Falar com elas e reconfortá-las.

Acidentes ferroviários

No concelho existe a via férrea da Fertagus que, embora não possua passagens de nível, atravessa em via própria aglomerados urbanos, com uma crescente intensidade de tráfego, pelo que pode vir a registar-se acidentes do tipo ferroviário. De referir, o Metro Sul do Tejo, que efetua a ligação por superfície entre Corroios e o Pragal, que por este fator poderá suscitar a ocorrência de acidentes com veículos rodoviários ou o descarrilamento, bem como o atropelamento de peões.

Encontra-se desenvolvido um Plano Prévio de Intervenção para atuação dos Agentes de Proteção Civil em cenários de acidente ferroviário.

Como proceder

- Manter a calma;
- Seguir as instruções que forem sendo dadas, os riscos que se corre no exterior podem ser maiores do que no interior do comboio;
- Colaborar no que for necessário, mas não interfir no trabalho das equipas de socorro e de segurança.

Acidentes fluviais

O Seixal é servido por um terminal de transportes públicos fluviais da Transtejo e, além disso, existe navegação relacionada com os estaleiros navais, prática desportiva e piscatória. Estas atividades são suscetíveis de gerarem acidentes fluviais (naufrágio, embate de embarcações, derrame de matérias perigosas, incêndio nas embarcações).

Como proceder

- Manter a calma;
- Seguir as instruções que lhe forem sendo dadas;
- Colaborar no que for necessário, mas não interfir no trabalho das equipas de socorro e de segurança.

Colapso de edifícios ou de estruturas

O colapso de estruturas poderá ter origem de diversa natureza, por catástrofe natural, erro de projeto ou construção, efeitos da idade e das cargas a que estão sujeitas, bem como a falta de reparação e monitorização. Este tipo de ocorrência, por vezes, provoca muitas vítimas. As zonas mais vulneráveis a este risco são os núcleos urbanos antigos e unidades industriais abandonadas.

Queda de aeronaves

No concelho temos a considerar a proximidade do Aeroporto Internacional de Lisboa e da Base Aérea n.º 6 do Montijo. Apesar do elevado tráfego aéreo não há registo de acidentes deste tipo, mas dada a dimensão das aeronaves e a frequência de descolagens e aterragens, é de temer acidentes de consequências graves.

Eventos festivos

Consideram-se períodos críticos todos os momentos em que se realizam determinados eventos, que pela sua natureza envolvem a presença de um elevado número de pessoas numa determinada área. 

No concelho realizam-se eventos com esta génese que se traduzem não só pela elevada afluência de pessoas como pela utilização de espaços livres identificados no Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Seixal com funcionalidades diversas no âmbito da organização da emergência. Para dar resposta a esta situação são criados Planos Prévios de Intervenção.

Matérias perigosas e atividade industrial

Existem no concelho de Seixal várias áreas onde é realizada a armazenagem (pequenas quantidades) em reservatório de substâncias perigosas, nomeadamente gasolina, gasóleo (abastecimento de viaturas) e gás natural e propano, para abastecimento da população. No caso das estações de abastecimento de viaturas, os reservatórios são, de um modo geral, enterrados, pelo que os riscos inerentes à ocorrência de um derrame de produto estão essencialmente associados às operações de carga e descarga e à possibilidade de ocorrência de uma rotura acidental na rede de distribuição ou nas viaturas cisterna de abastecimento.

Poderá, no entanto, a quantidade derramada, nomeadamente no caso da gasolina (produto de I categoria), dar origem a uma atmosfera potencialmente inflamável que se desloque e que ao adquirir energia de activação suficiente se inflame dando origem a um incêndio. Situação mais gravosa será a ocorrência de uma eventual rotura no camião cisterna de abastecimento, onde as quantidades envolvidas poderão ser bastante significativas. Neste caso, um derrame, seguido de inflamação, dará origem a um incêndio que envolverá o reservatório.

As zonas industriais inseridas no município não possuem instalações que, diretamente, produzam substâncias potencialmente perigosas. Mas é de considerar que algumas destas empresas armazenam combustíveis líquidos ou gasosos, em depósitos à superfície ou soterrados.

O tráfego rodoviário de mercadorias perigosas obriga a uma atenção específica inerente à mobilidade dos meios envolvidos e aos locais onde são armazenadas, muitos deles perto de locais de grande densidade populacional. 

O transporte de matérias perigosas ao longo da rede viária do concelho constitui igualmente situação de risco agravado. O não controlo de um destes acidentes pode ocasionar um número de vítimas consideráveis, de pessoas a realojar e de grandes danos materiais. Os itinerários de maior passagem são: IP7 (A2), EN10, EN 10-2 e EN 378.

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